segunda-feira, 26 de setembro de 2011

XDR2: as novas memórias que turbinarão placas de vídeo

Entenda o porquê da substituição do padrão GDDR5 nas placas de alto desempenho e como a disputa de memórias gráficas será acirrada daqui para frente.

Depois das últimas informações que surgiram sobre as especificações da série de placas gráficas AMD Radeon HD7000, diversas notícias sobre as memórias XDR2 começaram a aparecer. Apesar de a fabricante (AMD) não ter confirmado nada, muitos portais vêm sugerindo que as empresas — tanto AMD quanto NVIDIA — pretendem usar o padrão XDR, memórias proprietárias da Rambus, nas futuras gerações de placas gráficas.
(Fonte da imagem: Divulgação/AMD)


Para alguns, esse tipo de memória ainda é desconhecido. Para outros, não passa de passado. Acontece que esse padrão de memória não foi extinto. Aliás, está muito vivo e as mais recentes novidades devem colocá-lo no páreo novamente. Assim, considerando os boatos, decidimos elaborar este artigo para esclarecer sobre os benefícios que veremos em breve, bem como quais características diferem esse tipo de memória do atual GDDR5.

O que difere a XDR da DDR?

Em suma, tanto a memória XDR como a DDR são do tipo DRAM, ou seja, memórias de acesso aleatório dinâmico. No entanto, existe uma pequena diferença: as memórias DDR utilizam um sistema de sincronia para aumentar a eficiência na comunicação com o BUS — aspecto que as encaixa no padrão SDRAM, algo inexistente nas memórias XDR.
 
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Ambas são voláteis (perdem os dados quando não recebem energia) e de alta densidade — isso quer dizer que elas podem armazenar grande quantidade de dados. Quanto ao aspecto visual, há distinções claras. A quantidade de contatos, transistores e demais componentes é bem diferente. Isso implica na impossibilidade de usar memórias XDR em dispositivos compatíveis com o padrão DDR e vice-versa.
O funcionamento interno também não tem nada de semelhante. Isso resulta em diferenças nas especificações finais, o que, no entanto, não afeta em grande escala o desempenho (apesar de ficar claro que geralmente as XDR alcançam melhores resultados). Basicamente, o padrão XDR surgiu para concorrer com a segunda geração de memórias DDR.

Assim, podemos chegar a algumas conclusões. As memórias XDR têm latências menores que as DDR2, utilizam voltagens mais baixas (0,3 V a menos), operam em altas frequências e se comunicam com os demais componentes de forma diferente. Ocorre, no entanto, que somente as memórias DDR podem ser usadas em computadores, visto que não há placas-mãe compatíveis com o padrão XDR.


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